segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Colóquio: Para que estudar grupos dirigentes? UFPR, 19 e 20.11.2012

 
Coordenador: Adriano Codato (UFPR); Promoção: Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil; Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira (NUSP/UFPR); Apoio: CAPES.
Local: UFPR, Reitoria, 9º andar.
19 de novembro, segunda-feira

MANHÃ:
9hs. - 12. hs.
Mesa 1: Estudando elites políticas: questões de teoria e metodologia
Bruno Bolognesi (UFSCAR): Pesquisa de survey e a agenda das eleições: timing e formas de coleta
Renato Perissinotto (UFPR): Pesquisa de recrutamento político e survey: limites e potencialidades
Ernesto Seidl (UFS): Entrando no mundo das elites: o trabalho de campo com grupos dirigentes

TARDE:
14hs. 30 min. - 16hs. 30 min.
Conferência: Será que ideologia não importa mesmo?
Emerson Cervi (UFPR/UEPG)

pausa para o café

17hs. - 18hs. 30 min.
REUNIÃO INTERNA DE PLANEJAMENTO PROCAD
TRIÊNIO 2013-2015


20 de novembro, terça-feira

MANHÃ
9hs. - 12.hs.
Mesa 2: A elite empresarial: teoria e método na análise da relação entre empresariado e democracia
Paulo Roberto Neves Costa (UFPR)
Debatedores:
Flávio Heinz (PUCRS)
Sérgio Braga (UFPR)


TARDE
14hs. 30 min. - 16hs. 30 min.
Mesa 3: Potencialidades no estudo de elites políticas e sociais*
Luiz Domingos Costa (FACINTER/NUSP): Bases quantitativas de elites políticas: fontes, universos e variáveis
Wilson J. F. de Oliveira (UFS): a definir
*Apresentação e discussão dos bancos de dados (acumulados no triênio)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Participação do Laboratório de História Comparada do Cone Sul no Encontro Internacional Fronteiras e Identidades - UFPel - 26.09.2012






Integrantes do LabConeSul propuseram o simpósio "Por uma história social das instituições e profissões – fronteiras e identidades dos campos sociais através das atividades ocupacionais e profissionais a partir da História do Cone Sul (séculos XIX e XX)" no Encontro Internacional Fronteiras e Identidades na UFPel - Pelotas - RS. O simpósio ocorreu no dia 26.09 e teve a participação dos seguintes pesquisadores:



Geandra Denardi Munareto
A regulamentação da Medicina no Rio Grande do Sul e a construção da identidade profissional (1920-1940).

Este trabalho busca entender como se dá a formação de uma identidade dentro do grupo médico no Rio Grande do Sul, meio a um contexto de disputas em torno da regulamentação de sua profissão e da tentativa de neutralização das práticas populares de cura e de seus agentes, com o estabelecimento de uma Medicina Científica, praticada por profissionais habilitados, que possuíssem um diploma acadêmico. Dentro desse processo, os médicos conseguem estabelecer sua hegemonia dentro da área da saúde, ganhando posição de destaque, o que possibilitou a este grupo estabelecer “o que era ser médico” na época, e qual o seu papel dentro da sociedade. Para isso, foram travadas lutas não só no campo social e político, mas também no campo simbólico. Não bastava somente acabar com a concorrência com os profissionais sem diploma acadêmico por meios legais, impondo o fim da liberdade profissional. Era preciso unificar o grupo, superando as divergências e também convencer a população de que a medicina acadêmica era superior as demais artes de curar. 
 
Monia Franciele Wazlawoski da Silva
Revista EGATEA: conhecimento técnico e política na Escola de Engenharia de Porto Alegre (1914-1934)

A Escola de Engenharia de Porto Alegre (EEPA) é reconhecida por sua preocupação com o ensino técnico e científico, este assinalado pela própria organização da escola, seus institutos e grade curricular. Publicada a partir de 1914, a Revista EGATEA foi o órgão de imprensa oficial da instituição de ensino, e apresentava um discurso de difusão do conhecimento e de defensora da Engenharia e da Ciência como pressupostos ao progresso e desenvolvimento do país. A presente comunicação analisa, portanto, o periódico a partir de suas relações com a EEPA, com a engenharia como profissão, e com a conjuntura histórica do período. Através da análise de documentos da Escola e da própria revista, e fundamentando-se nas teorias e metodologias para história da imprensa, pode-se afirmar que além de defender os interesses dos engenheiros como profissionais, e de divulgar o conhecimento produzido na EEPA, a EGATEA estava em consonância com os interesses políticos e econômicos do Partido Republicano Rio-grandense.

Thiago Aguiar de Moraes
A atuação dos membros e colaboradores dos Institutos de Pesquisas e Estudos Sociais em cargos públicos federais: origens sociais, trajetórias e reestruturação do Estado (1961-1988)

O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais foi criado no Rio de Janeiro pouco após a renúncia de Jânio Quadros e a ascensão de João Goulart por civis e militares para defender a “democracia” contra o “comunismo”.  Desencadearam uma campanha de desestabilização do governo de Jango através de uma ação política descentralizada, com a criação de outros IPÊS em São Paulo, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, por exemplo, efetivando uma conspiração civil-militar que culminou com o golpe em 1964. Houve uma “colonização” do aparato estatal pós-golpe por membros e colaboradores do IPÊS. A presente pesquisa, ainda em estágio inicial, tem como objetivo geral analisar as origens sociais e trajetórias dos membros e colaboradores dos IPÊS de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul que ocuparam cargos federais após o golpe militar de 1964, bem como sua atuação no aparato estatal. Para cumprir tal objetivo, faremos um estudo prosopográfico. Questionaremos principalmente sobre se há padrões de comportamento destes indivíduos ao longo do período estudado, que vai do pré-golpe à “redemocratização”, quais as condições que os levaram às posições que ocuparam, se os IPÊS realmente serviram de trampolim para o poder, e as características das atuações destes indivíduos no aparato estatal, bem como as possíveis relações com suas origens sociais e participação nos IPÊS.

Leandro Fonseca
A Profissionalização do futebol a partir da ótica do S.C. Internacional (1928-1942).

A presente comunicação pretende abordar os diferentes aspectos da profissionalização do futebol, a partir do ponto de vista da instituição do Sport Club Internacional que, no decorrer das décadas de 30 e 40, foi diretamente influenciada por esse processo. Entende-se a profissionalização do futebol no Brasil como um processo que teve origem nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, e que encontrou terreno fértil no Estado gaúcho. Os principais conceitos trabalhados serão: Modernidade, Poder Simbólico e Profissionalização. Serão ainda definidas as trajetórias biográficas dos principais personagens, que envolveram esse processo, dentro da instituição em questão, como Ildo Meneghetti e Antenor Lemos. Este projeto, que dará origem a uma monografia, se baseará, principalmente, na metodologia da análise comparativa. Esta metodologia permite o estabelecimento de semelhanças e diferenças entre os fatos investigados, influências entre grupos sociais – ou profissionais -, além de possibilitar um conhecimento mais integrado, mais completo, uma vez que permite enxergar novos problemas, ou singularidades entre processos e estruturas.  Por fim, pretende-se debater as dificuldades e obstáculos que envolvem o estudo da história do futebol, dentro da História Social.

Jefferson Teles Martins
O princípio da organização do meio intelectual contemporâneo no Rio Grande do Sul: a tomada de consciência dos intelectuais gaúchos.

Pensar a organização do meio intelectual contemporâneo no Rio Grande do Sul impõe uma reflexão sobre o processo de transição por que passa um grupo de indivíduos em condições de existência “homogêneas” que lhes permite práticas semelhantes, para um grupo que se reúne e se organiza para uma luta comum. Tentar entender a tomada de consciência de um grupo torna necessário compreender a passagem do grupo objetivo para o grupo mobilizado, em outras palavras, todo o processo de mobilização para que o grupo organizado venha a existir. Implica a dupla ruptura, com a “ilusão intelectualista” que confunde o grupo “no papel” com o grupo “real”, e com a falsa idéia de que o primeiro se transforma no segundo automaticamente. Para fins desta comunicação, será levado em conta como pressuposto da organização do meio intelectual contemporâneo no Rio Grande do Sul, a tomada de consciência dos intelectuais gaúchos, cuja expressão mais visível foi a sua mobilização como “corporação intelectual”.  

Marcelo Vianna
Reflexões sobre trajetórias políticas e profissionais – os casos das elites de bacharéis de Direito e Engenharia no Rio Grande do Sul (1930-1964).

Quais as relações entre as elites dos bacharéis em Direito e Engenharia com a estrutura burocrática e política do Estado entre os anos 1930 a 1964? Essa comunicação apontará para uma tentativa de resposta, ainda de caráter exploratório, que consistirá em identificar os agentes que combinam a atuação em postos associativos profissionais e políticos, integrando assim uma elite político-administrativa do Estado do RS, assim como perceber os recursos necessários para ocupar altos postos associativos, acadêmicos, burocráticos e político-partidários. Deste modo, empregaremos a análise de trajetórias de personalidades dos meios do Direito e Engenharia, como Ajadil de Lemos e Clóvis Pestana, a fim de compreender os processos que os distinguiram – frente aos seus pares – em suas trajetórias de ascensão política e profissional. Justificamos o trabalho como uma necessidade maior de reflexão sobre a ação dos agentes sociais frente à formação de quadros burocráticos de nível superior no Rio Grande do Sul pós-1930, a institucionalização de profissões no Estado e as relações profissionais com o campo político.





terça-feira, 4 de setembro de 2012

Site interessante - Correção de valores

Colegas! Um site interessante para quem quer comparar valores de época com os atuais. Vale a pena explorar:

https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Regulamentação profissão historiador

No dia 08.08.2012 foi aprovado, pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, o projeto de lei que regulamenta da profissão de historiador. Maiores detalhes em: http://www2.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=31585

I Encontro Internacional Fronteiras e Identidades - prorrogação de prazos

Colegas,

Os prazos foram prorrogados para inscrições nos simpósios. A data limite é 13.08.2012, reforçamos o convite abaixo!

 
Gostaríamos de contar com a participação de todos no evento I Encontro Internacional Fronteiras e Identidades, a ser realizado em Pelotas, na Universidade Federal de Pelotas, entre 25 a 28.09.2012. Estamos propondo o simpósio nº 20, intitulado “Por uma história social das instituições e profissões –fronteiras e identidades dos campos sociais através das atividades ocupacionais e profissionais a partir da História do Cone Sul (séculos XIX e XX)”. O simpósio estará aberto para todos que querem discutir os processos históricos que envolvam ocupações e distinções, trajetórias e biografias, elites, profissões e instituições, numa perspectiva da história social e/ou comparada. Ele será um bom espaço para compartilhar as experiências de pesquisa de cada um, conhecendo melhor os temas abordados e os pontos convergentes/divergentes de cada trabalho em questões teóricas e metodológicas.

As inscrições estarão abertas do dia 28.05 a 13.08 no site http://www.ufpel.edu.br/ich/eifi/index.htm
Contamos com a presença de todos!

Abraço
Marcelo e Julia

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Artigos clássicos III - Michael Pollak - Memória, esquecimento, silêncio (1989)


POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. In: ESTUDOS Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n.º 3, 1989, p.3-15.

Este artigo toma como ponto de partida o conceito de memória coletiva de Halbwach (cuja maior expressão seria a memória nacional) para explorar como diferentes processos e atores intervêm na formalização e solidificação de memórias. Nessa perspectiva, o autor examina as contribuições da história oral na ênfase que ela permite dar às "memórias subterrâneas" que, ao aflorarem em momentos de crise engendrando conflitos e disputas, silenciosamente subvertem a lógica imposta por uma memória oficial coletiva. Como exemplo, o autor analisa a memória de dissidentes soviéticos, de prisioneiros de campos de concentração e de trabalhadores forçados da Alsácia a fim de explorar os limites entre o "esquecido" e o "não dito", além do trabalho de "configuração" da memória.

http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/viewArticle/2278

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Acervo on-line O Estado de São Paulo

O Estado de São Paulo disponibilizou para consultas on-line seu acervo de jornais, desde 1875 até os dias atuais. Vale conferir:

http://acervo.estadao.com.br/

Em tempo: desde o dia 23.06, o acervo passou ser restrito a assinantes. Não assinates podem acessar apenas 20 páginas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

I Encontro Internacional Fronteiras e Identidades - Simpósio Instituições e Profissões


Colegas,

Gostaríamos de contar com a participação de todos no evento I Encontro Internacional Fronteiras e Identidades, a ser realizado em Pelotas, na Universidade Federal de Pelotas, entre 25 a 28.09.2012. Estamos propondo o simpósio nº 20, intitulado “Por uma história social das instituições e profissões – fronteiras e identidades dos campos sociais através das atividades ocupacionais e profissionais a partir da História do Cone Sul (séculos XIX e XX)”. O simpósio estará aberto para todos que querem discutir os processos históricos que envolvam ocupações e distinções, trajetórias e biografias, elites, profissões e instituições, numa perspectiva da história social e/ou comparada. Ele será um bom espaço para compartilhar as experiências de pesquisa de cada um, conhecendo melhor os temas abordados e os pontos convergentes/divergentes de cada trabalho em questões teóricas e metodológicas.

As inscrições estarão abertas do dia 28.05 a 01.08 no site http://www.ufpel.edu.br/ich/eifi/index.htm
Contamos com a presença de todos!

Abraço
Marcelo e Julia
 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Palestra - The Ten Myths of Global Civil Society

No dia 22 de Maio o pesquisador norte-americano Lester Salamon proferirá palestra no Pantheon do IFCH-UFRGS, às1 4hs, intitulada "The Ten Myths of Global Civil Society." Haverá tradução simultânea. O Prof.Salamon falará por 45-50 minutos e a apresentação será seguida por periodo de debate, perguntas e respostas. O evento é promovido pelo Consulado Norte-americano com apoio do PPGS-UFRGS.

Breve curriculum:
Professor Lester Salamon é diretor do Center for CivilSociety Studies, Institute for Policy Studies, da Johns HopkinsUniversity e Professor da John Hopkins School of Arts and Sciences. É bacharel em Economia ePolíticas Públicas pela Princeton University (1964) e Ph.D na área de Governo ePolíticas Públicas pela Harvard University(1971). Seus trabalhos mais recentes envolvem as temática sobre o terceiro setor, filantropia, capital social e a sociedade civil.

No dia 21 de Maio o professor Salamon proferirá palestra no teatro do Bourbon Country sobre Capital Social Como Vetor para o Desenvolvimento Econômico, patrocinada pela organização Parceiros Voluntários, às 9hs da manhã.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

CONFERÊNCIA

“Political Database of the Americas – Georgetown University: possibilidades de pesquisa”

Valéria Buffo (Georgetown University)

Dia: 15/05/2012
Horário: 16h30min
Local: PUCRS - Prédio 3, Sala 307

http://pdba.georgetown.edu/

quinta-feira, 10 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seminário Sociologia das Profissões Técnicas - participação prof. Flavio Heinz


Participação do Prof. Flavio M. Heinz no Seminário Sociologie des Professions Techniques (prof. André Grelon, diretor) - École de Hautes Études en Sciences Sociales - no dia 30.04, às 17h. Programa completo dos palestrantes do Seminário, abaixo:

ECOLE DES HAUTES ETUDES EN SCIENCES SOCIALES

Sociologie des professions techniques
André Grelon, directeur d’études
Programme 2011-2012
2e trimestre


105, boulevard Raspail, 75006 Paris, salle 9 (2e étage, bâtiment B), chaque lundi de 17h à 19h.

30 avril
Flavio M. Heinz est professeur au Département d'Histoire de l'Université Pontificale de Rio Grande do Sul (PUCRS), à Porto Alegre, Brésil, où il coordonne le Laboratoire d'Histoire comparée du Cône sud. Il présentera une analyse de la création de l'École d'ingénieurs de Porto Alegre au Brésil, et de son prestigieux Institut électrotechnique, ainsi que sur les circonstances de leur développement dans les premières décennies du XXème siècle, tant sur le plan académique que sur le plan politique.
L'École a été fondée en 1896 par des ingénieurs de formation militaire qui avaient été politiquement très actifs dans le mouvement antimonarchique et républicain et qui, par ailleurs, partageaient l'orientation politique et religieuse du positivisme comtien. Impliqués dans un projet intellectuel de modernisation sociale et culturelle du pays, ces ingénieurs prônaient une plus grande ouverture aux formations techniques et critiquaient la formation trop littéraire de l'enseignement de l'époque. La création de l'Institut électrotechnique (1908), premier du genre en Amérique du Sud, s'inscrivait alors dans le cadre de l'expansion de l'École d'ingénieurs et comptait sur le généreux soutien financier de l'administration régionale républicaine et positiviste. Les années suivantes, l'École et son Institut électrotechnique allaient marquer fortement leur présence dans la formation des cadres techniques de l'État. Dans l’ensemble des départements de l'École d'ingénieurs, il y a eu 425 diplômés entre 1898 et 1928 – dont un peu plus d'une soixantaine d’ingénieurs électromécaniciens – une bonne partie d'entre eux étant absorbée dans les filières de l'administration régionale. Cependant, des recherches qui viennent de commencer aident à mettre à jour l'importance de la participation de ces ingénieurs au niveau national, après la Révolution de 1930, qui accompagnent l'arrivée au pouvoir du président Getulio Vargas avec d'autres membres de l'élite d'orientation positiviste du sud, dans la création et la gestion des nouveaux organes de planification de l'infrastructure et de l'industrie nationales.

Le séminaire aura le plaisir et l’honneur d’accueillir Kenneth Bertrams, professeur invité par l’Ecole des hautes études en sciences sociales. Il donnera 3 conférences.

Kenneth Bertrams est maître de conférences à l’Université libre de Bruxelles et Directeur du Centre de Recherches Mondes Modernes & Contemporains de la Faculté de Philosophie & Lettres de cette université. Ses travaux portent sur l’histoire des relations entre l’univers industriel et le monde académique, notamment quant aux questions de développement de la recherche et quant à la formation des cadres et dirigeants. L’ouvrage issu de sa thèse, Universités et entreprises. Milieux académiques et industriels en Belgique, 1880-1970 (Bruxelles, 2006) fait autorité sur cette problématique. Son programme de recherche actuel a pour ambition d’éclairer les mécanismes de connexion entre les espaces de production scientifique et les unités de production économique à l’ère de la mondialisation, d’en vérifier les conditions de possibilité et de légitimité politiques à travers l’évolution du rôle de coordination des Etats et d’en mesurer les effets induits par la circulation des acteurs de l’innovation et de la connaissance sur un plan transnational. Une première étape de ce programme a consisté à entreprendre une histoire du groupe chimique international Solvay (1863-2013) : un premier ouvrage doit être édité avant la fin de 2012, Solvay. Industry, Science, and Society through History, [prov. title], Cambridge Univ. Press.
7 mai
Le savant, le politique et la nation (I) : tendances historiographiques récentes à propos de l’« internationalisme scientifique » et de ses limites (19ème - 20ème siècles)

L’historiographie de la Première Guerre mondiale a montré comment la « nouvelle alliance » qui s’était nouée durant le conflit entre savants, techniciens, industriels, militaires et hommes d’Etat a marqué de son empreinte le 20e siècle en général. D’autres travaux (B. Schröder-Gudehus, Ch. Prochasson, A. Rasmussen), ont également souligné l’impact immédiat de la Grande Guerre sur la rupture des relations intellectuelles internationales. En s’appuyant sur les tendances récentes de l’histoire politique des sciences (V. Enebakk, G. Somsen, S. Widmalm), on nuancera cette impression de rupture en insistant sur le caractère illusoire d’un « internationalisme scientifique » durant la Belle Epoque, d’une part, ainsi que sur la poursuite des relations interpersonnelles de part et d’autre des lignes de front, d’autre part. On pointera particulièrement le rôle de médiation et d’intermédiation joué par le physicien néerlandais Hendrik Lorentz, dont la vocation de « neutralité » lui a permis de faire se converger les objectifs de réconciliation franco-allemande, d’un côté et son intérêt bien compris, de l’autre. Les archives privées de Lorentz (Haarlem, Pays-Bas) et les archives des Instituts Solvay de Physique et de Chimie (Bruxelles, divers fonds) fourniront la matière première pour démêler ces réseaux politico-scientifiques.

Mots-clés : Première Guerre mondiale ; relations scientifiques ; internationalisme

14 mai
Le savant, le politique et la nation (II) : une histoire comparée des politiques scientifiques nationales

L’historien britannique David Edgerton a insisté à multiples reprises sur les origines militaires des politiques scientifiques nationales. Parmi les initiateurs de ces projets institutionnels pilotés par les Etats, il apparaît clairement en effet qu’on retrouve fréquemment les réseaux issus de la « nouvelle alliance » de guerre (ainsi, pour la France, des personnalités à la croisée des cercles technico-administratifs comme Henry Le Châtelier, Jules-Louis Breton, Paul Painlevé ou Etienne Clémentel). À y regarder de plus près, toutefois, ces réseaux ne se sont bornés à plaider pour l’interventionnisme croissant des pouvoirs publics. Ils ont également orienté de façon déterminante une conception de la pratique scientifique selon un double axe : un rapprochement entre recherches scientifiques fondamentales et appliquées faisant la part belle à la science « pure » (conformément à l’interprétation linéaire de l’innovation scientifique), d’une part, et une vision planifiée de l’organisation de l’organisation de la recherche scientifique, d’autre part. En retraçant les parcours individuels et institutionnels de plusieurs pays européens (ainsi qu’aux Etats-Unis), on se donnera pour objet d’identifier les convergences « idéologiques » au cœur des « politiques » nationales de l’organisation de la recherche scientifique, du début du 20ème siècle au firmament de la « Big Science » dans les années 1960.

Mots-clés : politiques scientifiques ; R&D (recherche-développement) ; innovation technologique ; conception « linéaire »

21 mai
Le projet « Tensions of Europe » : contribution programmatique à une socio-histoire de la construction « cachée » de l’Europe (1880-1970)

Depuis 1999, le projet « Tensions of Europe », piloté par Johan Schot (Université de Eindhoven, Pays-Bas), coordonne toute une série de recherches sur l’histoire des techniques en Europe. Le programme est passé à la vitesse supérieure quand, à la suite d’un subside de la European Science Foundation (ESF) en 2005, une nouvelle dynamique s’est mise en place autour de l’histoire de la construction « cachée » de l’Europe. L’ambition consistait à délaisser les chemins balisés de l’histoire politique ou économique de la construction européenne au profit d’études transnationales consacrées à l’interconnexion des réseaux techniques et techniciens des pays européens (infrastructures, société de la connaissance, société de la consommation, etc.). Rapidement, le projet s’est articulé autour de questions cibles telles que les normes techniques, les conventions d’expertise internationales et les instances « technocratiques » par-delà une définition stricte de l’Europe (importance des colonies, du lien transatlantique, de la coupure héritée de la guerre froide). Au cours de cette séance, on dressera un bilan provisoire de ce projet d’envergure en prenant soin d’analyser l’« agenda intellectuel » qui lui sert de colonne vertébrale, de mentionner les pièges épistémologiques qu’il lui faut déjouer (déterminisme technologique, programme « europhile », etc.) et les pistes de recherche qu’il offre pour une socio-histoire de la construction politique et technique des sociétés européennes.

Mots-clés : Europe ; européanisation ; transnational ; construction « cachée » ; expertise ; infrastructures



28 mai
            Férié

4 juin
Anna Pellegrino est chargée de recherches à l’Université de Padoue. Elle présentera une communication sur "Des ouvriers intellectuels". Formation professionnelle et cultures de travail chez les ouvriers italiens envoyés aux expositions universelles
Le phénomène des voyages ouvriers aux expositions industrielles est très répandu au XIXe siècle. Les classes dirigeantes européennes, à partir de la première exposition nationale française (en 1798 au Champ de Mars de Paris), puis de manière de plus en plus ample au cours du XIXe siècle, organisent des voyages spéciaux avec de trains de "plaisir" pour envoyer des équipes d'ouvriers sélectionnés aux expositions universelles, dans le cadre d’une stratégie complexe d'implication des classes populaires dans l'idéologie du progrès et du capitalisme industriel.
La communication se concentrera sur l’analyse des comptes-rendus que les travailleurs italiens devaient présenter à la fin de leur voyage. Nous disposons, en effet, de centaines de ces récits. La rédaction de ces comptes-rendus était une obligation imposée aux ouvriers par les classes dirigeantes pour témoigner de leur capacité à profiter de l'expérience de la visite.  Ces récits sont très différents en ce qui concerne leur structure, leur style et leur contenu. Il y a, cependant, une caractéristique commune à la plupart de ces travailleurs, à savoir une capacité remarquable à comprendre le dispositif d'exposition et de le décrire avec un langage approprié et une bonne capacité d'expression: ce qui leur a gagné, à l’époque, la qualification de "travailleurs intellectuels".
Certes, c'était une élite ouvrière, mais cela n’empêche pas de voir au-delà de ce constat une réalité très complexe et changeante. Ces récits sont une source presque inépuisable de questions qui explorent le monde de travail, ses hiérarchisations, ses représentations. Les vieilles cultures de la profession sont confrontées à la réalité de l'innovation technologique ; les différents champs professionnels sont comparés les uns avec les autres, en établissant des hiérarchies précises de qualification et de participation (les groupes les plus qualifiés sont également les plus représentés, en premier lieu tous les travailleurs de l’imprimerie, les mécaniciens, les travailleurs des « industries artistiques»…). Les travailleurs formulent des jugements qui révèlent à la fois leurs compétences spécifiques et une culture professionnelle approfondie, mais aussi leurs conceptions politiques et sociales.
On pourrait se demander si le terme «ouvrier» utilisé pour désigner ces travailleurs à l'époque était approprié. En fait, il y avait des discussions au sein des travailleurs eux-mêmes et de leurs associations sur l'utilisation et la signification du terme. Grâce au croisement de sources différentes, on dispose aujourd’hui d’informations détaillées au sujet de leur formation technique et professionnelle, de leur culture et de leurs connaissances générales, ce qui nous permet de retracer leurs profils.

11 juin
J’avais présenté en mars 2010  les premiers éléments d’une recherche portant sur le mouvement patronal chrétien. Cette recherche s’est poursuivie. Elle a donné lieu à une publication dans le cadre de l’ouvrage dirigé par Jean-Claude Daumas, Dictionnaire historique du patronat français (Paris, 2010, Flammarion). Aujourd’hui, elle s’inscrit dans le programme d’une analyse plus ample de l’histoire du patronat chrétien, menée avec plusieurs chercheurs. Ce segment particulier du patronat n’a en effet été que très partiellement étudié. Je présenterai l’économie générale du projet, les différentes méthodologies qui seront mises en œuvre, les questions épistémologiques qui peuvent se poser. La seconde partie de l’exposé portera sur les axes que j’explore dans cette perspective. Organisé dès l’entre-deux-guerres, le patronat catholique a généré plusieurs structures qui ont pris leur indépendance, la plus emblématique étant sans doute le Centre des jeunes patrons (CJP), devenu depuis le Centre des jeunes dirigeants d’entreprise. D’autres exposés, au cours de la prochaine année universitaire, présenteront les avancées de cette étude collective originale.